segunda-feira, 18 de maio de 2009

Estudantes brasileiros levam invenções a feira científica nos EUA


Que 1 + 1 vai ser sempre igual a 2 você já sabe, mas talvez ainda não tenham lhe contado que somar estudos com trabalho duro pode resultar em um monte de coisas boas, como uma viagem grátis para os EUA.

Caso a conta lhe pareça estranha, fique atento: 1.563 estudantes do mundo inteiro (entre eles, 28 brasileiros), com idades entre 14 e 21 anos, participaram, na semana passada, da maior feira escolar de ciências do mundo, a Intel Isef --feira internacional de ciência e engenharia, na sigla em inglês.

O evento rolou em um centro de exposições de Reno, uma cidadezinha no meio do deserto.Os estudantes, que mostraram seus projetos para jurados e curiosos, concorriam a quase US$ 4 milhões (cerca de R$ 9,2 milhões) em dinheiro e em bolsas de estudo.

Um dos trabalhos apresentados foi o de Felipe Vitoriano, 15, de São João del Rei (MG). Ele desenvolveu um dispositivo eletrônico que regula a irrigação de plantas a partir da medição da umidade do solo. Assim, evita o desperdício de água.

"Eu tinha algumas plantas carnívoras e me esquecia de regá-las. Pensei em criar um aparelho que fizesse a irrigação automaticamente."

Só depois viu a utilidade ambiental da invenção: economizar água em larga escala. Hoje, pensa em patentear o invento, que desenvolveu a partir do que aprendeu em um curso de montagem e manutenção de computadores.

Outro que partiu da natureza para desenvolver seu projeto foi o paulistano Ivan Ferreira, 18. Criador de aracnídeos, encontrou substâncias antibióticas nos ovos de aranhas armadeiras, espécie típica do Brasil.

A descoberta tomou bastante tempo do garoto: passou quase um ano indo até três vezes por semana ao Instituto Butantan, em São Paulo. A pesquisa, orientada pelo cientista Pedro da Silva Jr., acabou lhe rendendo o segundo lugar em sua categoria.

Enquanto explica suas descobertas, Ivan usa termos como "cromatografia líquida de alta resolução em fase reversa" com naturalidade. Por mais que domine a linguagem técnica, ele ainda está estudando para cursar biologia.

Já Lucas Hansen, 20, e William Lopes, 19, levaram para a prática as lições do ensino técnico em química, que cursam no Rio Grande do Sul. Eles identificaram um problema regional --a contaminação do ambiente pelos corantes usados no tingimento do couro-- e buscaram solucioná-lo.

A saída que acharam foi incentivar o uso de fungos Aspergillus niger, que absorvem a tinta durante seu crescimento.

"Pensamos em um projeto barato economicamente e eficiente ecologicamente", explica Lucas. Ele cogita abrir uma firma para lucrar com a ideia.

De noite, nos quartos

Os participantes da Intel Isef passaram as tardes concentrados em discussões científicas. Nada mais justo que, à noite, relaxassem um pouco durante as festas do evento. Na quarta-feira passada, a comemoração oficial era restrita. Só entravam os estudantes, e o repórter foi barrado a gritos de "sem imprensa!".

Do lado de fora, era possível ver os jovens de 51 nacionalidades diferentes dançando.

A celebração terminou às 22h, mas os mais animados não foram direto para os seus quartos. Na suíte de um dos times dos Estados Unidos, rolava uma comemoração secreta, desde as 19h, somente para convidados.

Alguns brasileiros, que não quiseram se identificar, falaram em bebida alcoólica e em beijo na boca liberados.

"Fiquei dez minutos e fui embora, horrorizada", disse uma estudante de 16 anos. O som da música em volume alto era ouvido nos quartos vizinhos. No do repórter, inclusive.

Os participantes da feira foram selecionados em seus países de origem por meio de feiras locais credenciadas.
No Brasil, são duas: a Mostratec (www.mostratec.com.br) e a Febrace (www.lsi.usp.br/febrace), que acontecem, respectivamente, no RS e em SP.

Os vencedores de ambas viajaram para o evento nos EUA com as despesas pagas pela Intel, pelo Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil e por outras empresas patrocinadoras.

Fonte: Folha Online

Explosão do 3G ameaça serviço de banda larga móvel



Até pouco tempo atrás, a expansão da rede 3G estava atrelada à venda de aparelhos celulares que permitiam acessar a internet pela rede das operadoras móveis. Essa realidade mudou drasticamente com o surgimento dos chips que, acoplados aos computadores (PCs ou notebooks), estabelecem a conexão à internet móvel.

Dados compilados pela consultoria Teleco, especializada em telecomunicações, mostram que, entre dezembro de 2008 e março de 2009, a queda na venda de telefones celulares 3G foi de 44,5%, passando para 1,48 milhão de unidades comercializadas. Em contrapartida, entre outubro de 2008 e março de 2009, as vendas do chip 3G de acesso à banda larga móvel (modem) aumentaram 156%, atingindo 3,13 milhões de unidades em uso.

Esse negócio deu tão certo que as operadoras já planejam vender em larga escala notebooks com chips 3G instalados pelo fabricante a partir do segundo semestre deste ano.

As teles não contavam com essa explosão em tão pouco tempo. Tanto que chegou a faltar chip 3G no mercado no final do ano passado. Por isso, elas começaram a pressionar os fabricantes de chips e a apressar os investimentos na ampliação da cobertura, hoje presente em 8% do território nacional.

No primeiro trimestre de 2009, o crescimento do tráfego de dados saltou em média 70% nas operadoras, passando a representar 11% da receita de serviços. No final do ano passado ele variava entre 7% e 8%.

Colapso do serviço

O presidente da Claro, João Cox, acredita que há chances de colapso do serviço, em 2012, caso esse ritmo de crescimento seja mantido e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) não coloque mais faixas de frequência em uso.

Os sinais 3G são emitidos em uma determinada frequência (em hertz) e há um limite definido de operação, do qual as operadoras estariam se aproximando. Essa também é a posição da TIM. No Rio de Janeiro e em São Paulo o tráfego de dados estaria se igualando ao de telefonemas.

Por isso, desde o final de 2008, as teles, representadas por sua associação (a Acel), pressionam a Anatel pela liberação das frequências ociosas das TVs pagas (apenas as que operam com micro-ondas pela tecnologia MMDS) para a banda larga móvel. A agência decidiu manter as frequências das TVs, mas sinalizou que pode mudar as regras se preciso.

Outra reivindicação das companhias é a inclusão do chip 3G de acesso à banda larga na Lei de Informática. No caso dos computadores e dos notebooks, a lei permitiu aos fabricantes redução de impostos. Isso fez os preços despencarem e colocou o Brasil entre os maiores consumidores de PCs do mundo em apenas quatro anos.

O chip (modem) é o item mais caro para os assinantes na hora de contratar um pacote de dados. Mas, segundo Eduardo Tude, presidente da Teleco, há outros motivos para os preços não caírem. "As operadoras ainda estão investindo na expansão dessa rede", diz. Para ele, essa é uma das razões pelas quais não existe competição nesse serviço, o que derrubaria os preços dos pacotes.

A competição existe em lugares em que as redes estão estabelecidas, e os investimentos, amortizados. Nesse ambiente, novos investimentos acabam tornando-se chamariz para os clientes. Foi o que aconteceu na Austrália, que possui um dos pacotes mais baratos. Lá, a Telstra perdia clientes até passar a oferecer pacotes com velocidade de 16 Mbps e pulou para a liderança.

Fonte: Folha Online

terça-feira, 12 de maio de 2009

Pirataria de software cresce no mundo, mas cai no Brasil


A pirataria de software no Brasil está na contramão do mundo, em queda, afirma um estudo divulgado nesta terça-feira (12) pela Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES) e a Business Software Alliance (BSA). De acordo com a pesquisa, 58% de todos os programas usados no Brasil são piratas --índice considerado alto, mas que representa uma queda de 6 pontos percentuais entre 2005 e 2008.

Segundo o estudo, em 2008 o índice de softwares piratas no Brasil caiu 1 ponto percentual em relação ao ano anterior. Enquanto isso, no mundo houve uma alta de 3 pontos percentuais, chegando a 41%. A pesquisa, realizada pela consultoria IDC, foi feita em mais de cem países.

Segundo a pesquisa, os produtores tiveram um prejuízo direto de R$ 1,645 bilhão em razão do software pirata no Brasil, um aumento de 1,73% em relação a 2007. "Esse resultado revela uma significativa contenção de perdas em 2008, já que, entre 2005 e 2007, o valor subira 111,1%", diz a BSA, em nota.

"A principal preocupação em nossos esforços para reduzir a pirataria de software no Brasil está nas empresas que adquirem licenças legítimas, mas que utilizam um número de cópias maior do que o contratado", diz Frank Caramuru, diretor da BSA no Brasil, em nota.

Apesar de ainda estar bem acima da média mundial, em 2008 o Brasil se manteve como o país com menor índice de pirataria entre os países do que compõe o bloco conhecido como Bric (Brasil, Rússia, Índia e China). O país é seguido por Índia (68%), Rússia (68%), e China (80%) Entretanto, a Rússia foi a que mais reduziu a taxa de pirataria --5 pontos percentuais no ano e 19 pontos percentuais nos últimos três anos.

Na América Latina, o Brasil tem a segunda menor taxa de pirataria de software, ficando atrás da Colômbia, que tem 56%. A média da região é uma das maiores do mundo (65%). Os piores índices são de Venezuela (86%), Paraguai (83%) e Bolívia (81%).

Fonte: Folha Online

sábado, 9 de maio de 2009

Lógica: Torre de Hanoi

Veja se consegue na menor quantidade de movimentos.
É um problema interessante, que exige uma certa dose de raciocínio.

Profcardy.Com

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Presidente de Israel presenteia papa com "nanobíblia"


O presidente israelense, Shimon Peres, presenteará o Papa Bento 16 com um Antigo Testamento que cientistas locais colocaram em um chip do tamanho de cabeça de um alfinete.

O papa estará em visita a Israel na próxima semana.

A Bíblia, em hebreu, foi gravada em um chip de 0,5 milímetro quadrado por cientistas da Technion, o Instituto de Tecnologia israelense.

O chip com o texto de 308.428 palavras foi colocado numa caixa de vidro com uma lupa e explicações técnicas, em hebreu e inglês, além dos 13 primeiros versículos do Livro do Gênesis aumentados 10 mil vezes.

Peres, 86, é conhecido como um entusiasta da nanotecnologia, que caracteriza como a chave para a resolução das preocupações com a segurança israelense.

Fonte: Folha online

domingo, 3 de maio de 2009

Serviço de banda larga no Brasil é caro e nem sempre tem rapidez


O Brasil está entre os dez países com maior número de usuários de banda larga no mundo --no último trimestre de 2008, ocupava a nona posição em ranking divulgado pela agência britânica Point Topic. Mas quantidade não implica qualidade: estudo realizado pela ONU (Organização das Nações Unidas) coloca o país em 77º lugar entre 154 países avaliados segundo o desenvolvimento em telecomunicações.

Um dos problemas é que o serviço de banda larga é caro --paga-se alto por megabit por segundo, em comparação com outros países.

E pesa muito nas despesas familiares: comparando com a renda per capita média do brasileiro, ter internet banda larga em casa representa quase 10% do salário médio nacional. Nos EUA, o comprometimento da renda não passa de 0,7%.

Em números absolutos, um plano mensal de 1 Mbps, na cidade de São Paulo, custa entre R$ 50 e R$ 70, o que equivale a cerca de US$ 23 a US$ 32. Nos EUA, esse mesmo plano de acesso custa em torno de US$ 16. Em alguns países asiáticos, o preço chega a ser apenas o equivalente a US$ 3,80.

Mas o pior é que o serviço deixa muito a desejar, segundo o presidente da Abusar (Associação Brasileira dos Usuários de Acesso Rápido), Horácio Belfort: "Uma das piores coisas da internet de banda larga é que as operadoras fazem propaganda de um serviço que oferece, por exemplo, 2 Mbps, mas eles só entregam 1 Mbps ou até menos."

O que as próprias operadoras admitem, pois há uma cláusula do contrato de serviço em que se comprometem a entregar pelo menos 10% da velocidade contratada.

Segundo Demi Getschko, diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, isso não é irregular. "A internet funciona como um varal: se apenas você pendura uma camisa, ele continua firme; se um monte de gente resolve pendurar roupas, é claro que ele vai ficar meio caído", compara Getschko.

Belfort afirma também que há operadoras que fecham portas TCP/IP para impedir o uso de certos programas. "Quando reclamamos ou levamos isso até os órgãos de defesa do consumidor, tudo se acerta e não conseguimos provar esse abuso", diz ele.