quinta-feira, 29 de abril de 2010

x264 se torna o primeiro encoder Open Source para vídeo em Blu-ray

Jason Garrett-Glaser, desenvolvedor envolvido no projeto do encoder de vídeo x264, anunciou que o software passou nos testes de certificação e se tornou o primeiro encoder Open Source capaz de produzir vídeo de acordo com as especificações do formato Blu-ray.

Com isso o x264 se torna uma alternativa a encoders comerciais, que podem custar até US$ 100.000. Além disso, segundo os desenvolvedores, a qualidade das imagens nos vídeos produzidos com x264 é superior à de muitos encoders comerciais atualmente no mercado.

Para celebrar, a equipe está distribuindo um disco de demonstração contendo dois filmes Open Source (Big Buck Bunny e Elephants Dream), além de clipes em alta definição cedidos pela Microsoft, produzidos usando o novo encoder. Com pouco mais de 2 GB a imagem de disco (disponível via BitTorrent) pode ser gravada em um disco DVD comum e reproduzida em qualquer player de Blu-ray do mercado.

Vale mencionar que a etapa final do processo de certificação do X264 foi patrocinada pela The Criterion Collection, distribuidora de filmes norte-americana que se concentra em “filmes importantes, clássicos ou contemporâneos” para fanáticos por cinema.

Fonte: www.geek.com.br

terça-feira, 20 de abril de 2010

Microsoft lança programa que identifica problemas em PCs

A Microsoft lançou o programa Fix It Center, criado para que o usuário atue como técnico de seu computador pessoal, localizando e corrigindo problemas que as máquinas possam ter.

Uma versão de testes do programa gratuito está disponível na internet em fixitcenter.support.microsoft.com e promete "ferramentas que ajudem a solucionar os problemas de agora e prevenir os novos".

O Fix It Center escaneia os computadores para diagnosticar e reparar seus problemas, garantiu a companhia.

Na semana passada, a Microsoft anunciou um pacote com 11 atualizações para solucionar 25 falhas relativas aos programas da companhia na terça-feira (13). Cinco das 11 têm caráter urgente.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Brasil compra 16º mais rápido supercomputador para prever clima

Um dos 20 computadores mais rápidos do mundo acaba de ser adquirido pelo Brasil. A partir do fim do ano, a máquina de R$ 31,3 milhões começa a rodar no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em São José dos Campos, adiantou à Folha o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende.

O supercomputador, que receberá um nome em tupi, seguindo a tradição do Inpe, deve melhorar significativamente a previsão do tempo em um país onde meteorologia é cada vez mais uma questão de vida ou morte --vide a tragédia da última semana no Rio de Janeiro.

Mas também colocará o Brasil no seleto grupo de nações capazes de prever não apenas o tempo, com dois ou três dias de antecedência, mas também o clima, ao longo do século.

Uma de suas funções primordiais será rodar modelos de circulação global como os usados pelo IPCC (o painel do clima das Nações Unidas), para avaliar as mudanças climáticas.


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Flops

O sistema foi comprado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) da empresa Cray.

Seu desempenho máximo é de 244 teraflops, ou trilhões de operações por segundo (medida padrão dessas máquinas). Só EUA, Rússia, China e Alemanha têm máquinas mais rápidas hoje. "É muito flop!", brinca Rezende.

Só o sistema de refrigeração da máquina custou R$ 2,9 milhões. Para alimentá-la, o Inpe precisará construir uma nova central elétrica, de 1.000 quilowatts. Hoje só há 280 quilowatts disponíveis no instituto.

O coordenador da Rede Nacional de Mudanças Climáticas, Carlos Nobre, compara: "Quando o Inpe recebeu seu último supercomputador, estávamos entre os 25 mais rápidos do mundo em aplicações de mudanças climáticas. Agora, estamos entre os três ou quatro mais rápidos nessa área."

Com essa capacidade, estima Nobre, o Brasil poderá em dois anos e meio produzir seu primeiro modelo de circulação global. Atualmente, o IPCC baseia seus cenários em menos de 15 modelos desses --todos feitos em países desenvolvidos.

Amazônia

"Nosso interesse é um modelo que olhe melhor para a Amazônia e para o Atlântico Sul", diz o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz.

Isso poderá, por exemplo, ajudar a determinar se eventos extremos como a chuva do Rio neste mês ficarão mais frequentes no decorrer do século, à medida que o aquecimento global afete mais a floresta e o oceano --duas das chaves mestras do clima no Brasil. Hoje, o principal obstáculo ao desenvolvimento desses modelos é capacidade computacional.

O computador também deve ajudar a solucionar um dos gargalos da previsão do tempo no país: a resolução dos modelos.

Com o supercomputador que o Inpe tem hoje, é possível fazer previsões com dois a três dias de antecedência, de hora em hora, para áreas de 40 km por 40 km.

Isso permite previsões razoáveis -o Inpe alertou, que cairia uma chuva de 70 milímetros no Rio, algo extremo para o mês de abril--, mas "míopes": não dá para saber, por exemplo, se em Niterói vai cair dez vezes mais água do que em uma área a 20 km dali.

Para fazer previsões mais apuradas, em áreas de 5 km por 5 km, o Inpe hoje gasta dois dias rodando o modelo no computador. "Você não prevê tão bem o desastre de verdade", diz Haroldo Velho, pesquisador do instituto. "Agora, vamos conseguir gerar 5 km em uma hora."

Nem só ciência

Rezende comemora a turbinada computacional, mas lembra que só isso não vai salvar vidas.

"É claro que a ciência e tecnologia podem ser melhores; precisamos integrar radares meteorológicos, por exemplo. Mas o problema no Brasil é que os sistemas municipais de alerta quase não existem, os sistemas de defesa civil são desorganizados", afirma ele.

O ministro continua: "A previsão do evento em Santa Catarina foi feita com três dias de antecedência. Se houvesse uma preocupação com essa questão, as pessoas teriam saído das áreas mais problemáticas, o que não aconteceu".

Fonte: Folha Online