terça-feira, 31 de março de 2009

Ameaça de ataque a milhões de computadores deixa usuários em alerta

O vírus Conficker, que já atacou milhões de computadores em todo o mundo, está programado para se manifestar em escala mundial com ainda mais força nesta quarta-feira (1º de abril), segundo informações de especialistas em segurança na internet.

Além de "roubar" dados dos computadores que invade, o vírus pode bloquear palavras-chave, o que impossibilita a visita a vários sites na internet, entre eles o da Microsoft. O que torna o vírus tão poderoso em sua forma de "contaminar" é o fato de ele também se espalhar por meio de memórias externas USB, como as utilizadas em pendrives, câmeras, iPods e MP3, entre outros. A especialidade do vírus é descobrir e "roubar" contrassenhas.
O vírus também se dissemina a partir de uma "botnet" (rede de computadores infectados que passam a "trabalhar" para os piratas virtuais).

Como a data é conhecida como dia da mentira ("dia dos bobos" nos EUA), muitos internautas já veem as dezenas de alertas como mais um alarme falso, um "hoax" (como são conhecidos os boatos virtuais).

Hoje, o Conficker está programado para tomar o controle de 250 sites por dia. Na quarta-feira, aumentaria sua força para chegar a 50 mil páginas diárias, o que pode tornar ainda mais difícil localizar o ataque, segundo Mikko Hyponen, da empresa F-Secure, especializada em segurança virtual.

As páginas são geradas para que o vírus possa, a partir delas, agir em máquinas infectadas por meio de códigos maliciosos ou até mesmo a destruição de arquivos. Estima-se que o Conficker já tenha infectado mais de 12 milhões de computadores.

A gigante norte-americana do software Microsoft prometeu uma recompensa de US$ 250 mil para quem conseguir identificar os criadores do vírus, conhecido também como DownAdUP.

A companhia modificou seu antivírus Malicious Software Removal Tool, que pode ser baixado de graça, para detectar e destruir o Conficker, mas "continua buscando novas maneiras de neutralizar a ameaça do Conficker para dar a seus clientes mais tempo para colocar em dia seus sistemas", diz um dos encarregados de segurança da empresa, Christopher Budd.

"O vírus é programado para se fortalecer nesta quarta-feira, tornando mais complicados os meios para combatê-lo", explicou o pesquisador Paul Ferguson, especialista em ameaças virtuais da Trend Micro, empresa de segurança virtual. "No entanto, não há nada que permita saber se ele passará para um modo de ataque", acrescenta.

Fonte: Folha Online

quinta-feira, 19 de março de 2009

Marcelo Tas firma acordo com a Telefônica para divulgar serviço no Twitter


O diário norte-americano "The Wall Street Journal" acendeu uma polêmica na internet brasileira nesta quinta-feira (19), ao publicar uma reportagem afirmando que, graças à popularidade do apresentador Marcelo Tas na internet, ele teria sido contratado pela Telefônica. O jornalista vai divulgar em seu Twitter o Xtreme, serviço da empresa espanhola que oferece TV fechada, internet e telefone por fibra óptica.

À Folha Online, o âncora do "CQC" confirmou o contrato firmado com a companhia. Segundo ele, embora o título da reportagem ("No Brasil, Telefônica aposta em 'twittadas' de celebridades", em tradução) sugira que ele irá fazer "lobby" da empresa, o conteúdo apresentado está correto.

"Há um contrato para divulgação do Xtreme, serviço de banda larga que acho ótimo. Inicialmente, fiz comerciais de vídeo que circularão apenas na internet. O Twitter será usado para indicação de filmes, palestras, com a 'tag' [palavra-chave] identificadora do serviço. Não haverá elogios à Telefônica, serão postagens de minha autoria, sem qualquer ingerência da empresa sobre o que eu escrever, com total transparência", afirmou Tas, cuja página do Twitter é acompanhada por mais de 18 mil internautas.

A reportagem do "The Wall Street Journal" teve grande repercussão no universo do microblog. Algumas pessoas que leem o que escreve Tas (os chamados "seguidores") chegaram a ameaçar deixar de acompanhar sua página.

No Brasil, a Telefônica é campeã de reclamações no Procon. Não é difícil encontrar "twittadas" (como são chamados os posts do site) de clientes da empresa reclamando a respeito dos serviços. Procurada pela reportagem, a empresa não se manifestou.

"Caipira"

A reportagem do jornal norte-americano destaca que Tas já começou a escrever sobre o serviço, o que teria ocorrido sem um alerta aos seus "seguidores" sobre o contrato. "O encontro Xtreme foi divertido, informativo e cheio de insights. (...) Adorei!", 'twittou' Tas há oito dias.

Sobre isso, o jornalista diz que se referiu ao encontro no qual o serviço da Telefônica foi apresentado a uma plateia de blogueiros, no dia 10 de março. "Havia diversas pessoas da blogosfera lá e rolou uma espécie de entrevista coletiva a respeito", diz.

O apresentador afirmou não estar preocupado com o vínculo que possa surgir entre seu nome e um produto da Telefônica. "Não posso fazer nada. Acredito nos produtos que anuncio, e o X-treme é um ótimo serviço. Não tenho nada a ver com a administração da Telefônica."

"Não fiz nada ilegal, nada venal, pelo contrário, acho que banda larga deveria ser colocada na lista necessidade básica do Brasil", afirma. Tas disse que chegou a conversar com pessoas dentro da Telefônica sobre as deficiências do serviço.

"Não tenho o que esconder, é tranquilo falar sobre isso. Mas tenho dois sentimerntos antagônicos: mostrar o interesse e atenção dos internautas e da mídia, é uma novidade relevante, bem capturada pelo "WSJ". O outro é o de que senti a reação caipira de algumas pessoas em ver isso como algo venal, de que estou vendendo um serviço."

Fonte: Folha Online