quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Google lança novo Orkut, que exige mais do navegador

O Google revelou na manhã desta quinta-feira (29) a nova versão do Orkut, rede social mais utilizada do país. A plataforma foi redesenhada e exigirá mais do navegador do internauta. A empresa sugere que os usuários tenham uma edição atualizada do Chrome, Firefox, Safari ou Internet Explorer.

A equipe global de desenvolvimento do Google trabalhou por cerca de nove meses até chegar nesta nova versão. A migração para ela será realizada por meio de convites --assim como ocorre hoje com o Google Wave. Cada membro do novo Orkut terá 50 convites para distribuir. Até o final do primeiro semestre de 2010, o Google espera que todos internautas já tenham acesso.


Na nova versão, é possível definir que grupos de amigos terão acesso às imagens de seu álbum de foto --inclusive aqueles que não têm acesso à rede social. O Orkut também vai oferecer a possibilidade de escolher a cor da "home-page" de cada cadastrado.

A área de descrição do usuário ("sobre mim") agora suporta fotos, vídeos do YouTube e outros aplicativos. O formato de vídeo também caberá em testemunhos.

Outra ferramenta que chega com a nova versão é o Video Chat, serviço de bate-papo via vídeo que permite aos usuários conversarem com sua rede de contatos sem sair do perfil. A ideia é que o internauta tenha que clicar menos e entrar em menos páginas para interagir com seus amigos.

Além de uma nova interface, a rede social teve seu código reescrito e tornou-se a maior aplicação do mundo baseada em GWT --Google Web Toolkit, a plataforma de desenvolvimento de aplicativos de web desenvolvida pelo Google.

Neste mês, o Google vazou propositalmente uma tela com o novo visual da rede social. A ação fez parte da divulgação do novo Orkut no "boca a boca". No entanto, em poucas horas os internautas notaram que o formato que já circulava na rede é semelhante ao que existe há tempos no Facebook, líder de visitação nas redes sociais dos EUA e pelo mundo.

Mais de uma vez, os executivos do Google Brasil negaram que o anúncio tenha sido elaborado para fazer frente ao avanço do Facebook no Brasil. "Não estamos reagindo ao que eles [redes sociais concorrentes] estão fazendo. Nós focamos o usuário", afirmou Eduardo Thuler, gerente de produtos da companhia, frisando que "não olha muito para outras redes sociais".

Thuler também sinalizou que no futuro o Orkut pode perder uma de suas maiores deficiências: o número limitado de amigos que um perfil consegue hospedar. "Isso [desbloquear os perfis em número de usuários] vem em breve, mas agora ainda não."

Apesar de o Orkut ser um produto comandado por escritórios no Brasil e na Índia, a companhia reafirmou que pretende popularizar a rede social em outros países. "Temos a ambição de tornar o Orkut um produto realmente global", disse o diretor-geral da companhia para a América Latina, Alexandre Hohagen, numa apresentação em vídeo.

O Orkut possui mais de 4 milhões de comunidades ativas "diárias" --ou seja, que são atualizadas todo dia.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Número de celulares 3G cresce quase 60% no país, diz Anatel

A terceira geração da telefonia móvel vem ganhando mais adeptos no Brasil, apesar de só atingir 12% dos municípios e 64% da população. A quantidade de celulares com a tecnologia 3G cresceu 58,7% em agosto na comparação com março, quando a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) começou a organizar os dados com a metodologia atual.

De acordo com os números obtidos pela Folha Online com a agência reguladora, havia no país, em agosto, 2,15 milhões de celulares 3G com a tecnologia WCDMA, uma evolução do GSM, contra 1,23 milhão em março. Já os CDMA2000, avanço sobre o CDMA, passaram de 253,6 mil para 212,4 mil nesse mesmo período.
A quantidade de modens com velocidade acima de 256 kbps, que também são considerados de terceira geração, subiu 37,2%, de 1,54 milhão para 2,11 milhões.

Para Benjamin Sicsu, diretor da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), o que tem influenciado esse crescimento é o aumento da renda e a melhora na expectativa dos consumidores para o futuro, que, ao trocar de celular, buscam novas funções --as mais procuradas, no entanto, ainda são música e foto.
O número de celulares convencionais, por sua vez, teve aumento de 6,2%, totalizando 158,3 milhões de acessos. Para Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco, o ritmo de crescimento da terceira geração "poderia ser maior". "Ainda há um custo alto dos aparelhos, e a cobertura é limitada. Estamos numa fase de implantação", analisa.

O levantamento da cobertura atual da banda larga móvel é da Teleco e se refere a agosto. No Estado de São Paulo, 20,3% dos municípios são atendidos, o que corresponde a 82,4% da população. A Anatel não divulga esse acompanhamento.

A licitação para as faixas de terceira geração da telefonia celular aconteceu em dezembro de 2007. Conforme a orientação da agência reguladora, as prestadoras devem oferecer os serviços 3G no Distrito Federal e em todas as capitais e cidades com mais de 500 mil habitantes até abril de 2010, mas algumas operadoras vêm se adiantando a esse cronograma.

Segundo a Folha Online apurou, a Anatel fez uma reunião com as teles recentemente pedindo para diminuir o ritmo de expansão de cobertura, temendo que a rede não tenha capacidade para suportar a transmissão de dados.

Considerando todos os tipos de possibilidades da telefonia móvel, inclusive os modens com velocidade até 256 kbps, o Brasil contava em agosto com 164,54 milhões de acessos, o que corresponde a uma densidade de 85,91 a cada 100 habitantes.

Fonte: Folha Online