quinta-feira, 19 de março de 2009

Marcelo Tas firma acordo com a Telefônica para divulgar serviço no Twitter


O diário norte-americano "The Wall Street Journal" acendeu uma polêmica na internet brasileira nesta quinta-feira (19), ao publicar uma reportagem afirmando que, graças à popularidade do apresentador Marcelo Tas na internet, ele teria sido contratado pela Telefônica. O jornalista vai divulgar em seu Twitter o Xtreme, serviço da empresa espanhola que oferece TV fechada, internet e telefone por fibra óptica.

À Folha Online, o âncora do "CQC" confirmou o contrato firmado com a companhia. Segundo ele, embora o título da reportagem ("No Brasil, Telefônica aposta em 'twittadas' de celebridades", em tradução) sugira que ele irá fazer "lobby" da empresa, o conteúdo apresentado está correto.

"Há um contrato para divulgação do Xtreme, serviço de banda larga que acho ótimo. Inicialmente, fiz comerciais de vídeo que circularão apenas na internet. O Twitter será usado para indicação de filmes, palestras, com a 'tag' [palavra-chave] identificadora do serviço. Não haverá elogios à Telefônica, serão postagens de minha autoria, sem qualquer ingerência da empresa sobre o que eu escrever, com total transparência", afirmou Tas, cuja página do Twitter é acompanhada por mais de 18 mil internautas.

A reportagem do "The Wall Street Journal" teve grande repercussão no universo do microblog. Algumas pessoas que leem o que escreve Tas (os chamados "seguidores") chegaram a ameaçar deixar de acompanhar sua página.

No Brasil, a Telefônica é campeã de reclamações no Procon. Não é difícil encontrar "twittadas" (como são chamados os posts do site) de clientes da empresa reclamando a respeito dos serviços. Procurada pela reportagem, a empresa não se manifestou.

"Caipira"

A reportagem do jornal norte-americano destaca que Tas já começou a escrever sobre o serviço, o que teria ocorrido sem um alerta aos seus "seguidores" sobre o contrato. "O encontro Xtreme foi divertido, informativo e cheio de insights. (...) Adorei!", 'twittou' Tas há oito dias.

Sobre isso, o jornalista diz que se referiu ao encontro no qual o serviço da Telefônica foi apresentado a uma plateia de blogueiros, no dia 10 de março. "Havia diversas pessoas da blogosfera lá e rolou uma espécie de entrevista coletiva a respeito", diz.

O apresentador afirmou não estar preocupado com o vínculo que possa surgir entre seu nome e um produto da Telefônica. "Não posso fazer nada. Acredito nos produtos que anuncio, e o X-treme é um ótimo serviço. Não tenho nada a ver com a administração da Telefônica."

"Não fiz nada ilegal, nada venal, pelo contrário, acho que banda larga deveria ser colocada na lista necessidade básica do Brasil", afirma. Tas disse que chegou a conversar com pessoas dentro da Telefônica sobre as deficiências do serviço.

"Não tenho o que esconder, é tranquilo falar sobre isso. Mas tenho dois sentimerntos antagônicos: mostrar o interesse e atenção dos internautas e da mídia, é uma novidade relevante, bem capturada pelo "WSJ". O outro é o de que senti a reação caipira de algumas pessoas em ver isso como algo venal, de que estou vendendo um serviço."

Fonte: Folha Online

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